Eu simplesmente adoro Clarice Lispector. Gosto
tanto que sempre disse que se tivesse uma filha seria esse o nome que daria a
ela (Calma, gente... Colocaria somente o Clarice sem o Lispector. Rsrrsrs).
Porém, como veio o menino, escolhi Tomaz que, mesmo sem homenagear a ninguém, acho
LINDO!
Esses dias,
lendo alguns de seus escritos, me deparei com o seguinte texto: “Há três
coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para
amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os
outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As
três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me
apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida.
Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará
perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”
Caramba, que texto profundo e que é a minha CARA!
Acho que eu, assim como Clarice, nasci para essas três coisas. Amar aos outros
como primeiro ponto é de extrema necessidade nessa sociedade tão perversa. As
pessoas são cada vez mais individualistas e parece que amar ao outro não tem
espaço. Como pode as pessoas agirem como se o outro não existisse. Apenas pode
se disponibilizar a ser mãe que tem a capacidade de amar o outro como a si
mesmo (sim, um dos mandamentos bíblicos).
Imaginem as mães egoístas. Por incrível que
pareça, há muitas delas por aí. Além de não darem conta de suas obrigações,
suas incapacidades de amar ao outro terminam por adoecer seus filhos e a
sociedade, pois essas pessoas carentes de amor terminam por contribuir no
desajuste social.
O segundo tópico, “nasci para escrever”, eu
descobri na vida acadêmica. Ah, como adoro escrever. Se duvidar passo o dia
inteiro fazendo isso, embora ache que não é uma das minhas maiores virtudes.
Quem sabe um dia, de tanto tentar, termino me tornando uma grande escritora
(nem que seja grande no sentido de quantidade de textos produzidos rsrsrrs).
O terceiro tópico que Clarice dissertou e cujo
conteúdo também é a minha cara é “nasci para criar meus filhos”. Nossa, no
momento esse é o que eu mais me identifico. Que prazer eu sinto em amamentar
(mesmo de forma artificial), dar banho, cuidar, brincar, enfim, fazer tudo com
o Tomaz. Certamente, eu nasci para isso.
Por isso, como disse a Clarice, tenho que me
apressar que o tempo urge. Tomaz acabou de acordar e, embora tenha nascido
também para escrever, nasci anda mais para criar meu filho e tenho que parar
agora para correr até ele. Até já, pessoal!
Que texto bonito! Certamente o Tomaz tem sorte de ter uma mamãe tão dedicada! Saúde a família inteira. beijo, mãe da Maitê nascida em 28/03/2012. :)
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