Hoje me dei conta de que
entrei na contagem regressiva para ser mãe de um menininho lindo que, em poucos
dias, deixará de ser bebê. Daqui a um mês, exatamente, estaremos comemorando o
segundo aniversário de meu pequeno e, dessa forma, daremos início a uma nova
fase em nossas vidas.
Dizer que tudo passou muito
rápido pode soar demagógico, mas, é assim que me sinto! Ao olhar para meu filho
hoje me veio um filme à mente no qual a felicidade e a realização se mostram
como eixo de um enredo que, ao som de tudo que o Tom gosta, modificou minha
forma de ver o mundo.
Quando o Tom nasceu eu tinha
muita vontade de ser mãe. Depois de quase 6 anos de longas tentativas, descubro
sua chegada no dia do meu aniversário. Nossa, presente tão amado, tão esperado!
Dali então, tudo voltou-se para ele: minha prioridade, minha preciosidade.
Gravidez difícil, cheia de
restrições... Gravidez linda, cheia de realizações. Todo sacrifício esquecido a
cada exame que anunciava a saúde do meu pequeno. Que paradoxo!
E é esse paradoxo que tem
morado aqui em casa desde quando o Tom nasceu!
Trabalho, canseira, noites em claro.
Alegria, realização. Sentimento de
amparo!
Alergias, refluxos, aperrreios.
O mundo que para quando ele deita em
meu seio
Tá com fome, faz xixi, faz cocô
E a cada cuidado, aumenta o amor
Leite, roupas e haja dinheiro
Se for para ele, damos o mundo inteiro
E assim eu fui aprendendo a
viver de uma forma bem melhor do que pude imaginar. Minha vida ganhou cores
novas, embora o azul esteja predominando; ganhou novos sons (principalmente os
de percussão) e ganhou muito mais sentido, porque o Tom está presente.
Meu pequeno e sua alegria me
faz sorrir, às 6h da manhã, só porque ele se levanta procurando as suas baquetas
e a bateria; meu pequeno e sua sabedoria, me enche de orgulho em reconhecer
todos os animais e saber os sons que eles fazem; ele me enche de tranquilidade
quando responde de forma espirituosa ao ser chamado de Tomaz Carneiro com um
lindo e sonoro: Béeeee! E o Tom, e sua forma de cativar, me enche de um
profundo amor ao me olhar nos olhos e dizer: “Gordinho da Mamãe”!
E não é só a mim que ele
emociona. O pai, que por sinal é um babão, se sente super importante ao colocar
o filhote para dormir ao som de beijinhos no cangote! E o pequeno, na tentativa
de retribuir o amor que ganha, sabe sempre a hora certa de cantar um alto “CAZÁ,
CAZÁ” do Sport porque sabe que agrada ao pai.
O padrinho, grande ídolo do
pequeno, derrete-se todo quando encontra o Tom e ele o cumprimenta por “Titio-Padinho-Baterista”
tudo junto e corrido; A madrinha, a mais babona que já se viu, se desmancha com
qualquer coisa, porque para ela ele é um amor que não se mede.
As avós, cuidadoras oficiais,
se dedicam integralmente ao neto e fazem dele a razão de suas vidas de uma
forma tão sem interesse que ele, certamente, tem aprendido a amar com elas.
O avô, tão carinhoso,
alegra-se com notícias, com fotos, com carinho e com qualquer coisa que venha
do Tom.
As primas, que mais parecem
tias, o amam de uma forma tão sincera e intensa, que me deixam de olhos
marejados ao vê-lo correr para elas chamando-as; Lulu e Mandinha!
A tia Cacá, que tem seu
lugar marcado “dentro do computador” se faz presente mesmo ausente e, embora
haja um oceano separando Recife da Inglaterra, está todos os dias com a gente.
O Tio Renato e sua
paciência, cativam Tomaz que lhe encanta apenas com um breve e suave; Titio!
E é assim, de forma simples,
que o Tomaz, nosso Tom, tem dado o ritmo da música da vida de muita gente e
nesses quase dois anos, ele nos fez desaprender as coisas que pouco importam
para, se dedicar de verdade, a mais sublime forma de amar.