quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Amamentação

Uma das coisas mais importantes para um bebê é a alimentação. Primeiro por uma questão biológica de sobrevivência, segundo por uma questão emocional. Os prazeres do bebê se dão através da boca, visto que do nascimento até os 18 meses (em média) ele se encontra na fase oral do desenvolvimento psicossexual. Nessa fase do desenvolvimento é como se o mundo "entrasse" pela  boca do nenem, visto que é através dela que ele explora o mundo e faz suas descobertas.
Por estas questões a amamentação é muito importante. Tentei amamentar, mas não consegui, pois não tinha fluxo de leite para alimentar o pequeno Tomaz. Me frustrei, sofri e fiz várias tentativas amparadas pelos profissionais da UNIAME (a quem dedico meus eternos agradecimentos), tentando reverter essa situação. Usei uma sondinha com leite artificial, buscando simular uma amamentação, dei leite no copinho para que não prejudicasse a pegada da mamadeira. Depois de um tempo percebi amamentar não era apenas dar o peito, mas tudo o que ennvolve o ritual de alimentar e cuidar do bebê nessa hora. Assim, percebi que eu poderia construir uma relação positiva com meu filho, mesmo usando a mamadeira. Por mais que soubesse de sua importância do peito, percebi que havia outras formas de estreitar o vínculo com meu filho mesmo sem ele.
Assim, passei a usar a mamadeira, mas continuei cumprindo todo o ritual de alimentá-lo. Muitas vezes, quando usamos leite artificial, passamos a delegar a outras pessoas a tarefa de alimentar o bebê, justamente por acreditaros que não somos fundamentais. Isso não é verdade, a mãe é fundamental. Por esta questão sempre dou o leite ao Tomaz, da mesma forma que faria se o alimento tivesse saindo do peito. Nesse momento, olho para ele e o acomodo de modo que ele olhe para mim. A importância da acomodação correta se dá em função da visão do recém nascido alcançar no máximo 30 cm, o que é a média da distância do rosto da mãe até o peito, local onde a criança deverá estar sempre acomodada. É muito poder falar com meu filho através de nossos olhares.
Tenho certeza que o Tomaz me reconhece e que se sente muito seguro em meus braços. Essa segurança se dá em função de nossas trocas durantes vários momentos, principalmente da amamentação.

Fonte: Site Materna. Disponível em http://www.materna.com.br/alimentacao/e-quando-a-mulher-nao-pode-dar-o-peito/ 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Já em casa.

Em casa realmente comecei a me relacionar com meu pequeno Tomaz, sem todo o aparato que o hospital colocava entre nós. Embora tivesse uma enfermeira em casa me ajudando nesse primeiro mês, fiz questão de fazer tudo com Tomaz: alimentá-lo (embora não tenha tido leite para amamentar), dar banho, trocar fraldas, enfim, atender todas as demandas que meu filhote tinha. Não fazia isso apenas como cuidado físico mas, sobretudo, como um cuidado emocional, porque sei como é importante a interação da mãe com o bebê. 
Ao realizar tais atividades olhava sempre para meu pequeno, fazendo questão que ele me visse. É claro que sei que a visão do bebê ainda não é definida no primeiro mês. Mas eu sei que "o rosto da mãe é a coisa mais interessante do mundo". Por isso, ao longo do dia, fazia e ainda faço questão que ele possa me ver sempre que queira, percebendo que eu estou ali com ele. Tomaz nunca estará sozinho. 


Fonte: Baby Center, disponível em http://brasil.babycenter.com/baby/desenvolvimento/00m0w/ acessado em 15/01/2012. 

Quando eu te vi

Olhar um filho a primeira vez é entender que faltava tanta coisa em você e você nem tinha idéia. Pegar um filho no colo a primeira vez é ter certeza de que nada mais será igual... Você nunca mais estará sozinha.Pude pegar meu filhote no colo apenas na UTI, onde ele ficou por cinco dias. Nada pode pagar esse momento, nem mesmo usando o Master Card.
A música que ilustrou esse momento é: quando eu te vi, meu mundo amanheceu!

A prematuridade

Meu filhote veio ao mundo antes da horinha certa (aliás, antes da hora certa para nós, mas era a hora certa para ele). Com apenas 36 semanas eu pude escutar o seu chorinho, já que ele não quis mais ficar as outras 4 semaninhas que faltavam na minha barriga. Como todas as crianças prematuras, ele teve algumas dificuldades: insuficiência respiratória e uma imaturidade no sistema digestivo (questão que o acompanha até os dias de hoje fazendo com que ele tenha um refluxo bastante severo) Quando olhei para o meu filho e as dificuldades dele, eu pensei: Por quê meu filho? Nessa hora me veio a cabeça um texto muito especial que eu li anos atrás: Bem-vindo à Holanda. Embora meu filho não tenha nenhuma patologia que o classifique como uma criança especial, retomar o texto me reconfortou a superar minha angústia e olhar para ele vendo algo além do que suas limitações. Nenhuma dificuldade que ele tenha me impedirá de ver nele as tulipas, os moinhos de vento e tudo de mais lindo que há na Holanda. Boa leitura para quem interessar! 



Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a ITÁLIA! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelângelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases em italiano. É tudo muito excitante.
Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz:
- BEM VINDO À HOLANDA!
- Holanda!?! - Diz você. - O que quer dizer com Holanda!?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália!
Mas houve uma mudança de plano vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.
A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor, começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs.
Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália, estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda sua vida você dirá: - Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado!.
E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.
Porém, se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais sobre a Holanda.

O nascimento

A chegada de um filho não traz apenas uma criança... Esse momento transforma homens e mulheres em pais, mães, avôs, avós... Apenas quando o pequeno vem ao mundo esses papéis passam a existir. No dia 09-01-2012 nasceu uma nova família, a família do Tomaz.