Os tripulantes que já
embarcaram nessa Viagem de Mãe sabem que desde pequenininho leio para o Tom. Faço
isso porque considero a leitura uma competência fundamental para a vida e, por
isso, o que estiver ao meu alcance será feito para que meu gordinho leia e
goste de ler.
Esse meu empenho já foi até
motivo de ser taxada de louca quando ele ainda era recém-nascido. Deixa eu
explicar melhor essa história.... Quando o Tom nasceu, ele foi prematuro. Eu
tive muito medo de não saber cuidar dele e contratei uma enfermeira para ficar
comigo durante o primeiro mês dele em casa.
A pessoa escolhida foi uma
senhora que me afirmaram ter muita prática com crianças. De fato, não duvido que
ela tivesse. O problema é que ela já era de uma outra geração, na qual se lia
para crianças apenas quando elas já sabiam ler.
Por isso, era difícil para
ela entender que na rotina do meu filho, após a amamentação, vinha uma linda
história contada da melhor forma que eu sabia contar. Era nessas horas que ela
ia para minha cozinha e dizia à menina que me ajuda em casa: essa mãe de Tomaz
só pode ser doida... Contando histórias para um menininho de dias de vida.
Quando soube disso, eu sorri e
continuei contando histórias porque, de fato, também me considero um pouco
doida e não abro mão de oferecer ao meu pequeno uma leitura gostosa, divertida!
De início, eu contava uma
história qualquer que saia da minha cabeça e de meu repertório literário...
depois vieram as histórias dos livros que, graças a Deus, aqui em casa são
muitos. Só para se ter uma ideia, a “bebeteca” do Tom conta com um acervo de
mais ou menos 400 títulos diferentes de literatura.
Os primeiros livros
escolhidos dentre tantos foram os grandes, com imagens bastante coloridas. Não
me preocupei muito com a história, pois contava a história ao invés de ler, o
que me permitia adequar.
Fiz isso porque, de início, devemos nos atentar em contar histórias curtas, com poucas palavras em uma
página, já que a atenção do bebê é mínima e quando mudamos a página ajudamos a
resgatar e evitar a dispersão.
Quando ele fez uns 4 meses, comecei a escolher os livros que possuem pop up (imagens em 3D que saltam dos
livros). Os pop up ajudam a aproximar a criança do livro e cativam muito a
atenção. Aqui em casa, esses livros fizeram sucesso e foram muito lidos para o
meu pequeno até o fim de seu primeiro ano de vida.
Agora iniciamos uma nova
fase. Abandonei um pouco os de pop up e comecei a usar outros que temos em
casa. Eu leio a história e, em seguida, entrego o livro para ele folhear. Ontem
mesmo foi uma graça... Ao terminar uma contação, entreguei o livro na mão dele
que ficou tentando passar as páginas usando as pontas do dedinho, parecendo até
gente grande. Foi lindo!!!
Pode parecer bobagem, mas faço isso porque o livro tem que ser manuseado pela criança, pois
apenas assim ela poderá adquirir um comportamento leitor.
Acontece que o Tom ainda é
muito novinho e ele explora o livro da forma que sabe, de modo que, muitas
vezes, leva-o até a boca, rasgando e sujando algumas páginas.
Eu não faço questão alguma
que isso aconteça. Até chego a considerar um bom sinal uma página na qual um
pedaço “foi comido”, pois isso significa que alguém aqui em casa está devorando
livros (mesmo que literalmente).
Entretanto, como acho que
folhas de livro não são os alimentos mais saudáveis, compramos hoje um exemplar
de páginas grossas, de modo que é mais difícil dele comer e mais fácil dele
folhear!!!
Essa foi a grande aquisição
dos últimos dias e tenho certeza que ajudará o Tom na exploração do livro,
permitindo-o manuseá-lo mais facilmente. Além da parte física, considerei que a
história também é muito legal e educativa. Assim, decidi compartilhar aqui o
título e a editora: CORES: O ELEFANTE FAZ UM ARCO-ÍRIS. A Editora é V e R e foi
adquirido na Livraria Cultura.
Vale a pena para quem tiver
querendo investir em livros adequados para essa faixa de etária inicial (1 ano
e até um pouco mais) adquirir livros como este. Digo isso porque o bebê ouvirá
uma boa história, ao mesmo tempo em que conseguirá desenvolver atitudes
necessárias ao comportamento leitor: curiosidade em explorar o material.
Certamente estes momentos de
leitura em muito ajudarão ao desenvolvimento dos nossos pequenos. Falo isso com toda certeza que uma pedagoga
(me esqueço as vezes que sou pedagoga e só lembro que sou mãe) pode ter, visto
que a teoria nos diz que criança que ouve história fica mais atenta, mais calma
e criteriosa. Aqui em casa eu tenho confirmado na prática isso, pois a
percepção do meu Tom é algo de chamar atenção.
Fica a dica... A Viagem de
uma Mãe está literalmente viajando no mundo da imaginação e desejando que nosso
tripulante principal, o Tom, também entre nesta viagem.