sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Neste Carnaval a medalha não faz parte da fantasia

No Carnaval, a chuva não cai não cai do céu
A gente joga confete
E cai chuva de papel


Em 2012 passamos o ano inteiro recordando o carnaval que vivemos. Nossa como foi difícil!!! Digo isso por tudo que aconteceu nestes quatro dias e não por ter deixado de ir ao Galo da Madrugada ou qualquer outra festa da qual sempre gostei.
Tom tinha 1 mês de vida e os dias da folia de momo foram aqueles em que ele estava pior do refluxo. Só para terem uma noção, no sábado de Carnaval ele engasgou e tivemos que reanimá-lo com respiração boca a boca, sugando leite que estava em seu nariz.
Como se já não fosse o suficiente, na terça-feira carnavalesca ele tratou de engasgar-se novamente e aí, mãe e pai já desesperados, decidiram não dormir à noite. Ainda bem que eu tenho uma super mãe que veio pra minha casa se revezar conosco. Vocês nem imaginam, foi uma noite e tanto: cada um ficava com ele por três horas no colo e passava para o seguinte, na tentativa de que, através do revezamento, conseguíssemos nos manter acordados para não derrubar o bebê.
Rezando que a folia chegasse ao fim, na quarta-feira de cinzas já estávamos nós três lá no hospital, contando com a ajuda da prima pediatra Maria do Carmo, tentando entender porque ele tinha um refluxo tão severo. Seria má formação no sistema digestivo? Os exames trataram de nos dizer que não. Seria um refluxo intenso? Os exames disseram que sim: 8 episódios a cada 10 minutos.
Assim veio o laudo: o que o Tom tinha era refluxo o que, para os médicos, não era considerado uma doença, mas sim uma imaturidade no sistema de digestivo que, com o tempo, iria ser superada.
Confesso que de início senti um baita alívio, mas logo veio uma grande preocupação: quanto tempo viveríamos daquela forma com o Tom colocando tudo para fora e se engasgando?
A médica que o acompanhava, cuja competência sempre destaco aqui, tratou de me dizer que teria de ter paciência. Por volta dos 6 meses, segundo Dra. Margarida Antunes, ele apresentaria uma melhora significativa. Essa fala dela foi como um soco em meu estômago: como iria sobreviver mais 5 meses com essa realidade.
Chorei, me desesperei muitas vezes, mas hoje, um ano após, estou aqui relembrando esta história com um único sentimento em meu coração: nossa, passou mais rápido do que eu pude imaginar.
Conforme disse minha amada médica, aos seis meses Tom apresentou uma melhora significativa. De lá para cá ele nunca mais se engasgou como antes e hoje até brinca com uma tosse simulada que lembra seus episódios de engasgo. O detalhe é que ele usa disso quando é contrariado por saber que nós correremos para atendê-lo. Que engano, Tom. A mamãe sabe direitinho quando é de verdade e quando não é e não se rende a esse tipo de comportamento que meninos espertos adotam para satisfazer suas vontades.
Foi lembrando disso tudo que hoje, com um novo carnaval se aproximando, eu não poderia deixar de registrar aqui como a nossa vida mudou já que essa realidade agora está no passado apenas nos lembrando que os conselhos das pessoas mais experientes, normalmente, são verdades: isso tudo iria passar.
Agora em 2013 nada mais de aperreio nem estresse. O Galo da Madrugada continuará ainda nos esperando um pouco mais, porque esse ano os passeios carnavalescos que faremos serão todos aqueles que terminarem em INHO ou tiverem algo infantil no nome: Guiamum Trelosinho, Mini Carvalheira, Matiné e outros lugares nos quais há muito confete caindo do céu.
A melhor parte disso tudo é que estamos muito felizes em trocar o Galo pela Matiné, porque para nós o que importa mesmo é estar onde o Tom também está.
Isso porque, se rezávamos no ano passado para tudo passar depressa, este ano estamos querendo que as coisas caminhem a passos de tartaruga, para que, cada dia mais, possamos aproveitar o carnaval ou qualquer outro festejo ao lado do nosso pequeno que este ano está carregando no peito uma medalha de campeão. Ah, o detalhe é que a medalha não faz parte de nenhuma fantasia, ela é adereço da vida real.


Um comentário:

  1. Graças a Deus passou né Catarina!!! E vc aqui conta, podendo ajudar muitas outras mamães q estão passando ou vão passar por isso!!!

    O Rafa tmbém teve refluxo considerado de grau 1 não tão forte qnto o do Tom, mas era de tirar o sono tmbém...e tmbém faz graça com a tosse principalmente qndo não quer mais comer kkkk fica simulando um engasgo para eu parar de dar o papa dele rrsrs esses meninos eheee... bjss o Tom cada dia mais lindo!!

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