quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

De bebê a criança: dois anos de amadurecimento


Há dois anos minha vida não tinha esta cor, nem este cheiro, nem este tempo, nem nada! Foi justamente no dia 09 de janeiro de 2012 que uma nova vida nascia e, consequentemente, me fazia renascer junto.

Meu pequeno hoje inicia uma nova fase, deixando o tempo de bebê para se tornar uma criança linda e amada. Por isso, transformação foi a palavra que escolhi para dizer o que representa em minha vida a chegada do pequeno e amado Tomaz.

Com ele chegou junto a possibilidade de ser alguém melhor, porque o sorriso dele me demonstra que vale a pena ser feliz e valorizar o cotidiano da vida.

Me mostrou que acordar cedo pode ser a melhor coisa do mundo, porque temos mais tempo para aproveitar a companhia dos que amamos e sermos, por mais tempo, felizes.

Através dele entendi que a família é a prioridade maior e a única instância da sociedade que estará sempre do nosso lado, mesmo quando erramos, quando fraquejamos ou quando estamos desamparados.

Tomaz me ensinou que o amor que sentimos por um filho é o sentimento mais verdadeiro do mundo e que depois que eles nascem tudo vira secundário e sem relevância.

Graças ao Tom eu entendi que o Patati Patatá pode ser a melhor programação do final de semana e, enquanto todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite, eu só espero que meu filho sonhe com os anjos.

O Tom me ensinou que uma mãe pode ser afetuosa com o filho sempre, mesmo quando ele erra e nós precisamos corrigi-lo. Reclamar e orientar a criança pode ser feito da forma mais suave do mundo e, mesmo assim, ser eficaz (talvez o seja por isso).

E dessa forma, ele prosseguiu me ensinando que a paz no lar é o bem mais precioso que posso dar ao meu filho que se eu estiver calma ele, com certeza, também ficará.

Também foi com ele que entendi que nossos problemas são nossos e que nós podemos compartilhar com as pessoas e não descontar nelas. Minha vida tem se tornado um verdadeiro exercício de autocontrole para não descarregar nele minhas mágoas, angústias e chateações e, graças a Deus, melhoro neste exercício.

O meu pequeno grande amor também me lembrou, ontem, que não se ri das pessoas, muito menos das crianças e que quando eu cometer esta falha ele vai me dizer que não é legal, sugerindo que eu pare com isso. (Ri dele cantando enquanto chorava e ele, categoricamente, me disse: pare! Me envergonhei do que estava fazendo e entendi, embora já soubesse, que os sentimentos das crianças não devem ser desprezados).

Outro ensinamento foi o de que cada um tem seu ritmo, gosto, temperamento e que a criança não tem que ser cópia nem do pai e nem da mãe, tendo sua própria forma de operar e viver.

E com isso fui aprendendo a minimizar as expectativas e viver a vida, me contentando com o que conseguimos, me esforçando para avançar, mas não me frustrando quando tudo acontece fora do previsto. As vezes a vida é bem melhor do que os planos e deixamos de ver isso quando estamos presos ás idealizações.

E por fim, embora a transformação tenha sido intensa e eu pudesse prosseguir nesta lista por mais 30 páginas, ele me ensinou que eu sempre vou amar mais do que ontem, porque meu coração fica maior a cada manhã, apenas em ver um sorriso seu!

Que privilégio o meu!!! Os dois primeiros anos da transformação que acontecerá por toda minha vida!