sexta-feira, 27 de abril de 2012

A viagem de uma mãe agora sem pai

Esta semana essa mãe teve que interromper um pouco sua viagem, pois um dos passageiros mais importantes teve que descer do trem: meu pai! Como é duro perder alguém que amamos, que nós completa, que nos constrói! A alegria da convivência precisa dar espaço para uma saudade, que eternamente irá nos acompanhar. Saudade de estar junto, do dito, do não dito, das partilhas, das risadas, da conversa, enfim, de tudo!
De agora em diante terei que seguir sendo menos filha e mais mãe do que nunca. Esse pequeno Tomaz, que desde o começo desse ano tinha feito minha viagem ficar ainda mais interessante, está me ajudando a passar por esse momento de dor, permitindo que eu suporte tudo isso. 
Realmente passar por essa viagem tão triste como mãe tem permitido que eu continue de pé. 


terça-feira, 10 de abril de 2012

Sou coadjuvante da minha própria vida


Há mais de 90 dias, minha vida mudava de forma irreversível. Às 7h37 do dia 09 de janeiro de 2012, meu Tomaz chorou pela primeira vez e, sem que eu pudesse prever, a partir daquele momento minha história ganhava nova trilha sonora.

Não foi apenas a trilha sonora que mudou. Até mesmo os capítulos ganharam novos personagens. A partir desse dia, eu me tornei Mãe... Pery  virou pai, e todos ao nosso redor ganharam “assessórios” aos seus nomes: tios, avós, avôs... Ninguém mais permaneceu o mesmo. Todos mudaram de posição: eu, que no capítulo anterior era filha, virei mamãe de repente!

Mas não foram só as pessoas que mudaram de posição. As gravações passaram a acontecer em outro cenário. A rotina, por exemplo, nunca mais foi a mesma. As noites, que sempre foram inteiras, passaram a ser extensões dos dias, tendo horário até de comer. Sair de casa, que era rápido e fácil, passou a ser motivo de planejamento prévio e de muito trabalho e bagagem. A arquitetura da casa passou a contar com um varal no meio da sala de estar, sem que isso causasse qualquer tipo de desconforto. É, realmente as coisas não são mais as mesmas.

Eu, que me achava muito esperta... que acreditava que após uma graduação, um mestrado e três especializações, entendia da vida, descobri que não sabia de quase nada. A primeira descoberta foi sobre felicidade, pois achava que era feliz e só fui descobri o que era realmente felicidade quando você, meu filho, olhou para mim pela primeira vez.

Eu, que achava que entendia o prazer de uma boa música, descobri que o melhor som que pode existir é o do seu sorriso, do seu grunhido, do seu balbucio.  

Eu, que achava que sabia o que era amar, descobri que com você tudo ficou mais intenso, mais surpreendente, mais gostoso.

Nesse turbilhão de mudanças, nada foi preservado. Até mesmo a televisão de casa não é mais a mesma: quase não passam mais as novelas. No lugar delas surgiram A Galinha Pintadinha e O Patati Patatá. O que será que aconteceu com a programação da Globo? Será que até ela ficou de pernas pro ar? Claro que não! É que agora, ao invés do meu lazer, a felicidade de Tomaz passou a ser o meu maior entretenimento.

É, realmente não existe mais a minha vida... ou melhor, ela pode até existir, mas não é mais tão minha assim. Eu, que era protagonista, passei a mera coadjuvante da minha história. No meu lugar ficou Tomaz, levando minha história para nem sei onde vai chegar. Mesmo assim, eu tenho uma certeza: essa história que já não é tão minha ficou bem mais feliz e interessante.

Obrigada, meu filho! Obrigada por fazer tudo isso comigo!

Terceiro Mês: comemorando o desenvolvimento


Que feliz estamos: Tomaz já fez três meses! Ontem comemoramos o fato de que o pequeno está entre nós a mais de noventa dias. Para mim, é tudo muito intenso e, realmente, merece ser festejado.

Ao olhar para o mês anterior percebo que, mesmo sendo um bebê pré-tempo (isso quer dizer que nasceu antes da hora e, por isso, pode ter a idade corrigida. Sendo assim, como Tomaz nasceu de 8 meses, é como se agora ele tivesse dois e não três meses), Tomaz conquistou todos os desafios que lhe foram propostos no mês correto: sorriu de forma consciente, interagindo com as pessoas que lhe davam atenção:

Conseguiu segurar sua cabeça:

 

Prestou atenção quando conversávamos com ele.
        Agora não tenho mais nada a pedir. Embora tudo esteja correndo a contento, não posso descansar. O terceiro mês chegou e, com ele, novas conquistas devem ser alcançadas pelo meu pequeno.  A principal delas será conseguir se VIRAR. Depois de segurar a cabeça, Tomaz deverá conseguir se virar sozinho. Pode parecer uma bobagem, mas essa é uma realização e tanto, visto que é a primeira experiência de mobilidade do bebê.

Como ocorrerá? Inicialmente essa atividade de conseguir se virar acontece sem a intenção do bebê. Muitas vezes ele vai girar e cair de costas sem querer – como resultado de uma mudança involuntária em seu centro de gravidade. Porém, é a partir dela que, futuramente, o bebê conseguirá aperfeiçoar e se mover com propósito (para tentar pegar um brinquedo, por exemplo).  

Como ajudar? Por volta dos três meses muitos bebês começam a se preparar para rolar. Coloque seu filho de lado e incentive-o a rolar em sua direção. Pode também ser colocado um brinquedo colorido próximo a ele, de modo que ele termine tentando rolar para alcança-lo. Para criar o clima, sorria, bata palmas e o elogie.

Para facilitar, comece estimulando a movimentação do bebê deixando-o de bruços. Será mais fácil para ele conseguir esse feito se estiver com a barriga para baixo do que com a barriga para cima.

O tempo também é fundamental. Como boa parte do desenvolvimento infantil depende de fatores externos, ele conseguirá se mover mais facilmente em função da quantidade de tempo que ele passa de bruços. Ao deitar de bruços o bebê tem a chance de ver melhor o que acontece ao seu redor e, por ser naturalmente curioso, extrai o máximo possível dessa experiência.

Essa experiência fortalecerá os músculos do pescoço, dos bracinhos e das costas. Em função disso, conseguirá arquear as costas, o que permitirá que ele consiga dar uma boa olhada no mundo ao seu redor e deseje se virar.

Assim, usando os braços como alavanca, ele pode erguer o peso um pouco mais que o necessário, o que o fará perder o equilíbrio. Ao perceber o que conseguiu fazer, é provável que ele tente repetir a ação e comece a se virar de forma mais consciente.

 Atenção:

 A posição de bruços deve ser sempre supervisionada pelo adulto. Por isso, quando deixar o bebê dessa forma, fique sempre de olho, estimulando o bebê para que ele consiga se movimentar.



domingo, 1 de abril de 2012

Cada um no seu quadrado!

Educar um filho não é fácil!!! Mais de um então, é dificuldade multiplicada pela quantidade de filhos que temos. Isso porque cada criança e/ou adolescente tem suas particularidades e necessidades, o que faz com que a experiência que tivemos com um não sirva, necessariamente, para o outro.
Sobre esse tema complexo nós falamos no site Leia Já, numa entrevista cedida por mim e pela minha amiga Michela Macêdo.
Boa leitura para todos.
http://www.leiaja.com/carreiras/2012/irmaos-com-resultados-diferentes-nos-estudos