quarta-feira, 17 de maio de 2017

Mamãe, você pode ser cientista!

Hoje eu estava pensando na minha vida e na pessoa que me tornei depois que meu pequeno Tom nasceu. Em minhas reflexões me dei conta de como mudei... dos projetos que abandonei, dos tantos outros que iniciei (como este blog) e em como eu nem posso pensar em quem seria se ele não fizesse parte de minha vida.
Toda essa reflexão iniciou depois que eu participei, hoje de manhã, de uma entrevista no Bom Dia PE (Ver neste link próximo aos 45 minutos). Em casa, junto com a avó, Tomaz me viu na TV. Quando liguei para desejá-lo um bom dia e uma escola legal ele me disse:
- Mamãe, você é tão inteligente! Deveria ser cientista quando crescesse.
Esta fala simples me tocou de tal maneira que não parei de pensar em um minuto na sabedoria infantil (Talvez por isso Rubem Alves tenha dito: quem não abandonar sua maneira adulta de pensar a vida jamais será sábio).
Em primeiro lugar porque Tomaz deixou claro que eu ainda tenho um longo tempo pela frente e que, embora eu seja esta pessoa que eu sou, poderei ainda ser tantas outras e fazer tantas coisas que eu quiser. Isso me encheu de esperanças, já que eu posso, ainda, conquistar a mulher, a mãe e a filha que ainda desejo ser.
Segundo porque ele “me colocou no meu lugar”, me mostrando que ainda tenho muito o que crescer, aprender, ser e saber nesta minha vida de mãe, mulher, esposa, amiga, filha, irmã e professora.
E que bom que eu tenho meu pequeno Tom. Quem bom que ele, além de iluminar minha vida, me abre as portas para que eu possa me reinventar tantas vezes e me redescobrir às vésperas de completar meus 37 anos.
E por isso eu penso no privilégio que é tê-lo ao meu lado escutando, como trilha sonora de nossa convivência, a seguinte canção:

Felicidade é estar em sua companhia
Felicidade é ficar contigo todo dia
Felicidade é sentir o cheiro desta flor
Felicidade é saber que eu tenho o seu amor


quinta-feira, 11 de maio de 2017

Carta para minha mãe


Normalmente eu faço uso deste espaço para falar sobre a minha maternidade e a minha relação com meu pequeno e amado Tom. Hoje mudarei um pouco o foco e, aproveitarei esta semana das mães para falar daquela com quem aprendi sobre ser mulher, ser mãe e ser guerreira: minha mãe.

Mãe, tenho certeza que você sabe de tudo isso, mas hoje é o dia de deixar registrado todo amor e gratidão que sinto por você que, ao longo de nossas vidas, nos ensinou que devemos amar os filhos acima de tudo e de todos.
Você que sempre nos tratou como prioridade, ensinou às suas filhas que a doação aos descendentes é a melhor coisa que podemos dar aos nossos herdeiros, favorecendo, com isso, a certeza de que somos a parte mais importante da vida de nossos pais.
Além disso, você nos ensinou a nunca desistir e encontrar forças até onde nem imaginamos. Nunca esqueceremos quantos dias acordava às 4 da manhã para dar conta de todos os almoços que tinha que preparar para nos sustentar de forma digna.
Com sua luta nos ensinou que nada justifica a desonestidade e que devemos crescer com o fruto de nosso trabalho e de nossa dedicação. A batalha é a alma da vitória (que tem seu nome) e, por isso, aprendemos com você que os fins não justificam os meios.
Nos ensinou, ainda, que devemos ser unidos e unidas e que a família é a base de tudo. Com sua luta nos educou dentro de um amor profundo, transbordando em nossos corações o desejo de nos mantermos sempre juntos e lado a lado.
Você nos ensinou o significado da certeza de que nunca estaremos sós. Esteve e está ao nosso lado na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nos amando e respeitando em todos os dias de nossas vidas.

E a você eu dedico toda gratidão por ter me ajudado tanto a desempenhar os muitos papéis que ocupo nesta vida (mãe, mulher, estudante e profissional), permitindo que meus sonhos fossem conquistados e se orgulhando por cada uma de minhas conquistas. Sem você, seu cuidado e sua inspiração nada disso seria possível. 


sábado, 6 de maio de 2017

Coisas que aprendi sendo mãe

Coisas que aprendi sendo mãe

Minha vida toda quis ser mãe... Queria ter muitos filhos, uma casa cheia, para que pudéssemos ter sempre uns aos outros nos acolhendo, nos cuidando, nos relacionando. Por algum motivo que não entendo bem, não tive esse privilégio. Tenho apenas um filho: mas o único que tenho é um menino tão especial que preenche minha vida e acalenta essa minha incompreensão sobre a justiça divina no quesito direito à maternidade.
Com ele tenho aprendido muitas coisas, algumas das quais compartilho neste post de hoje.
Aprendi que o nosso tempo é o nosso tempo e que o outro, incluindo o nosso filho, tem outros gostos, outro ritmo, outras preferências, desejos, vontades, ideias, motivações... o outro é o outro e isso já diz tudo sobre convivência humana.
Aprendi que os filhos não são extensões de nós, mas seres que vieram de nós (ou chegaram em algum momento até nós) para nos ensinar sobre doação e dedicação ao outro mais do que a nós mesmos.
Aprendi que as minhas expectativas são exclusivamente minhas e que Tomaz não tem nenhuma obrigação de fazer coisas para me agradar, já que ele é um menino que tem preferências e vontades próprias.
Aprendi que a gente deve evitar, a todo custo, ficar buscando similaridades em nós para compreensão dos comportamentos. Dizer, a todo tempo, que ele faz isso igual ao pai e aquilo igual a mãe é buscar uma parte de nós nele que, talvez, nem exista.
Aprendi que a forma mais legal de brincar com ele é sentando junto e parecendo confortável. Isso basta ao pequeno e é muito gratificante para mim.
Aprendi que se quero educá-lo para que seja justo e respeitoso preciso, primeiro, educar a mim mesma. Em matéria de ética só pode ensinar quem possui.
Aprendi com meu filho a superar a loucura do egoísmo, da mesquinharia ou qualquer outra coisa que lembre o individualismo. Com o Tom aprendi a não ser  centrada apenas em mim mesma, e, com isso, conseguir colocar o outro acima de mim. Há algo mais libertador do que conseguir sair de si e olhar o outro?
Com Tomaz aprendi a ser grata, a ser feliz com um olhar, com uma palavra. Aprendi, também, a admirar a canção (principalmente quando sai de sua boquinha), a educar os ouvidos para a simplicidade, a valorizar o amor e a nossa relação acima de qualquer outra coisa.
Por fim, com ele aprendi que eu sou a mãe dele, cheia de defeitos, mas, também, cheia de vontade de acertar. Aprendi (ou tento aprender) que sou a melhor mãe que ele poderia ter, porque meu amor por ele é capaz de superar qualquer coisa e de protegê-lo cheia de força e de vontade.

A melhor parte é que ele me ensinou, também, que tem certeza disso. Como ele mesmo disse: mamãe, eu não duvido que você me ama nem um tiquinho.