sábado, 6 de maio de 2017

Coisas que aprendi sendo mãe

Coisas que aprendi sendo mãe

Minha vida toda quis ser mãe... Queria ter muitos filhos, uma casa cheia, para que pudéssemos ter sempre uns aos outros nos acolhendo, nos cuidando, nos relacionando. Por algum motivo que não entendo bem, não tive esse privilégio. Tenho apenas um filho: mas o único que tenho é um menino tão especial que preenche minha vida e acalenta essa minha incompreensão sobre a justiça divina no quesito direito à maternidade.
Com ele tenho aprendido muitas coisas, algumas das quais compartilho neste post de hoje.
Aprendi que o nosso tempo é o nosso tempo e que o outro, incluindo o nosso filho, tem outros gostos, outro ritmo, outras preferências, desejos, vontades, ideias, motivações... o outro é o outro e isso já diz tudo sobre convivência humana.
Aprendi que os filhos não são extensões de nós, mas seres que vieram de nós (ou chegaram em algum momento até nós) para nos ensinar sobre doação e dedicação ao outro mais do que a nós mesmos.
Aprendi que as minhas expectativas são exclusivamente minhas e que Tomaz não tem nenhuma obrigação de fazer coisas para me agradar, já que ele é um menino que tem preferências e vontades próprias.
Aprendi que a gente deve evitar, a todo custo, ficar buscando similaridades em nós para compreensão dos comportamentos. Dizer, a todo tempo, que ele faz isso igual ao pai e aquilo igual a mãe é buscar uma parte de nós nele que, talvez, nem exista.
Aprendi que a forma mais legal de brincar com ele é sentando junto e parecendo confortável. Isso basta ao pequeno e é muito gratificante para mim.
Aprendi que se quero educá-lo para que seja justo e respeitoso preciso, primeiro, educar a mim mesma. Em matéria de ética só pode ensinar quem possui.
Aprendi com meu filho a superar a loucura do egoísmo, da mesquinharia ou qualquer outra coisa que lembre o individualismo. Com o Tom aprendi a não ser  centrada apenas em mim mesma, e, com isso, conseguir colocar o outro acima de mim. Há algo mais libertador do que conseguir sair de si e olhar o outro?
Com Tomaz aprendi a ser grata, a ser feliz com um olhar, com uma palavra. Aprendi, também, a admirar a canção (principalmente quando sai de sua boquinha), a educar os ouvidos para a simplicidade, a valorizar o amor e a nossa relação acima de qualquer outra coisa.
Por fim, com ele aprendi que eu sou a mãe dele, cheia de defeitos, mas, também, cheia de vontade de acertar. Aprendi (ou tento aprender) que sou a melhor mãe que ele poderia ter, porque meu amor por ele é capaz de superar qualquer coisa e de protegê-lo cheia de força e de vontade.

A melhor parte é que ele me ensinou, também, que tem certeza disso. Como ele mesmo disse: mamãe, eu não duvido que você me ama nem um tiquinho. 



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