Ontem
o Tom fez 1 ano e 10 meses. Sem medo de parecer piegas, afirmo: Nossa como tudo
passou tão depressa... Ainda ontem eu estava entrando em casa, trazendo ele em
meus braços pela primeira vez. Hoje, um ano e dez meses depois, ele chega em
casa caminhando com suas próprias pernas, depois de dizer em alto e bom som:
vamos para casa?!
Pois
é!!! Meu filho tem crescido demais e foi no bojo dessa reflexão que li o
newsletter do Baby Center este mês, cujo conteúdo trazia aspectos bem
característicos da idade do meu pequeno.
Ao
realizar a leitura pude constatar que o texto falava de um monte de coisa da idade
que meu filho ainda não faz e outro monte de coisa que ele supera em muito os
marcos estipulados pelo Baby Center.
É
claro que eles não erraram e que qualquer pessoa que recebe este tipo de
material tem que ter a clareza de que aquilo é a média e que devemos usar as
informações apenas como referencial, refletindo sobre todo o contexto que
rodeia a criança.
Vestir-se
sozinho, por exemplo, talvez o Tom conseguisse, mas ainda não faz. Talvez
porque não tenha motricidade para isso, talvez porque não seja estimulado ou,
até mesmo, talvez porque não seja nem oportunizado isso a ele (acredito mais
nesta hipótese).
Já
falar, o marco apontado pelo site é bem tímido comparado à performance do meu
pequeno. Segundo o marco de desenvolvimento, um bebê na idade do meu pronuncia,
em média, 20 palavras.
Tom
supera isso em muito. Apenas falando em números ele conta até 11; Classifica vários
animais: leão, gatinho, cachorro, patinho, vaca, coelho, pinguim, cavalo,
carneirinho, macaco, golfinho, peixe, pintinho, aranha e por aí vai; chama
papai, mamãe, vovó, vovô, Janaína (a pessoa que cuida dele e que ele pronuncia
corretamente o nome), titio, padrinho, titia, prima, Lulu, Mandinha, Bisa,
etc..
Nomeia
quase seu corpo todo: pé, mão, ouvido, boca, nariz, olho, cabelo e até mesmo
umbigo; fala um monte de coisa que quer comer: coxinha, biscoito, suco, leite,
sopa, etc. e diz as cores primárias: vermelho, amarelo, azul.
Como
se já não fosse muito, meu pequeno resolveu virar cantor. A primeira melodia
completa de seu repertório foi: palma, palma, palma, pé, pé, pé, roda, roda, roda,
caranguejo peixe é. Depois veio o Cazá, cazá do Sport e mais um monte de outras
canções do repertório popular infantil.
Hoje,
para nossa surpresa, além de cantar interagiu com o pai num brinquedo cantado
muito conhecido:
- Abacaxi – o pai
-xixi (ele respondia)
- Maracujá
- jajá
- Se eu mandar?
- Vou
- E se não for?
-
Perde (aqui em casa somos contra bater em criança e ameaçar de que faremos
isso. Por isso, substituímos o famoso “apanha” da música tradicional por perde
na versão da nossa família, visto que se não for para brincadeira perde de
brincar, de se divertir, de ser feliz).
Quando
meu pequeno respondeu gritando: PERDEEEEEEEEEE, meu coração se encheu de
felicidade e naquela hora eu pensei: o que são 20 palavrinhas para quem já sabe
responder sincronizado?!
Que
o Tom continue assim: aprendendo o que consegue, correndo atrás do que ainda
não faz e sendo muito, muito feliz. Enquanto isso, eu vou aqui lendo sobre desenvolvimento
infantil, compreendendo que tudo não passa de ser apenas uma referência.