segunda-feira, 18 de junho de 2012

Acolher em todas as horas, até no banho



Logo que nasceu, Tomaz chorava muito para tomar banho (dizem que todo recém-nascido chora). Quando o colocávamos de barriga para cima, aí é que o choro ficava intenso e não parava quase nunca. De costas parecia que a situação melhorava e ele se controlava melhor.  Nessas horas, que são sempre desesperadoras para uma mãe de primeira viagem, eu sempre ouvia a minha sogra dizer: todo recém-nascido acha ruim tomar banho de frente. 
Como mãe (sem nunca esquecer o adjetivo de primeira viagem) eu demorava para entender aquilo que ela dizia, pois não me fazia o menor sentido e eu nunca tinha feito nenhuma leitura sobre a razão do choro dos nossos pequenos (Sim, gente... sou demasidamente acadêmica. Preciso ler teoria sobre tudo para me convencer). 
Passei a entender melhor essa questão quando li o post que minha amiga Katherinne fez para esse blog: “O ‘vir a ser’ de um bebê: a maternagem nos primeiros tempos”. Nesse texto ela coloca que o bebê, assim que nasce, pensa ser composto por partes separadas. Sendo assim, se uma delas está solta, está o próprio bebê solto também, isso em sua concepção. 
É por isso que no banho eles choram tanto, pois têm medo que, estando uma de suas partes soltas, ele caia ou algo assim. De bruços, parece que ele fica mais acolhido, mais protegido e, com isso, chora menos. Que coisa interessante. E o pior é que é  verdade mesmo!
Só para vocês terem ideia, os meus problemas com choro no banho acabaram quando passei a usar aquela rampinha que vem junto com algumas banheiras. Pensem num santo remédio! Depois delas nunca mais teve choro no banho aqui em casa. Tomaz se sentia seguro sentando e tendo todo seu corpinho apoiado por aquela estrutura de plástico (que diga-se de passagem, são bem baratinhas) A mamãe aqui, com menos choro no banho, se sentia mais segura para esse momento, pois, certamente é mais fácil fazer qualquer coisa sem aquele choro todo, principalmente dar banho: seja ele de frente ou de costas. Se eu imaginasse isso antes, teria dado o banho nele desde o primeiro dia já usando esse equipamento que me foi e ainda é tão útil.
É por isso que hoje, na hora em que fui banhá-lo, pensei: acho que vou fazer um movimento pelo banho na rampinha. Acho que todos os bebês me agradecerão e se sentirão acolhidos por isso.
Foi assim, então, que entendi tudo: Talvez dar banho usando a rampinha tenha feito parte do meu processo de maternagem e eu nem sabia!  
 

12 comentários:

  1. Adorei o tema! Na maternidade que o Pedro e a Gabriela nasceram aqui em São Paulo, as enfermeiras ensinam um banho muito interessante para os recém-nascidos. Primeiro você enrola o bebê na toalha e o leva ao banho para molhar primeiro a cabecinha (sem molhar o corpinho ainda). Depois de lavada e enxugada a cabeça, tiramos a fralda e ai sim é que iniciamos o banho do corpo, sempre encostando as mãos e os pés do bebê nas bordas da banheira, exatamente para dar esta segurança ao bebê. Bem, utilizei esta técnica e deu certo. Meus dois filhos simplesmente ADORAM banho desde o primeiro dia de nascidos. Bjs, Denise

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  2. Nos primeiros dias também dei banho conforme o comentário abaixo, como eles ensinaram na maternidade, mas depois da primeira semana dava o banho com o meu bebê quase que de bruços na banheira, de costas, parecia a posição de um sapinho. Agora com dois meses ele já toma banho normal, de frente, e adora, não chora!

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  3. Parabéns pelo blog. Muito bom! Obrigada

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  4. Obrigada pelos comentários. Apareçam sempre que precisarem e quiserem Vamos fazer desse espaço um lugar de trocas de experiências. Adorei essa técnica da toalha.

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  5. Adorei seu blog.
    Também resolvi fazer um blog e começar a compartilhar minhas experiências como mamâe de primeira viagem.
    Minha filha graças a Deus nunca reclamou para tomar banho, mais na banheira dela tem uma redinha que ajuda bastantefaz com que ela e principalmente eu fique mais segura.
    Mais essa rampinha tbm é uma ótima idéia e achei uma fofura!!!

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    1. Olá, Renata... é sempre bom compartilhar experiências. Divulga teu blog aqui também e em nossa página do facebook http://www.facebook.com/AViagemDeUmaMae Quanto mais informações melhor. Beijo meu e do Tomaz.

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  6. Aprendi no curso pré-natal que fiz a deixar o bebê com o corpinho todo submerso, apoiado no braço meu braço, praticamente só a cabecinha de fora. Meu filho ficava relaxado e nunca chorou no banho (exceto no da maternidade, dado pela enfermeira com o método tradicional) porque a água morninha envolvendo todo o corpinho é ambiente que reproduz a sensação do útero materno. Só parte do corpinho submersa é que causa desconforto e insegurança. Isso vale para o primeiro mês, e principalmente pros primeiros dias, depois o bebê passa a tomar banho contente de qualquer jeito porque já está adaptado à sua vida fora do útero.

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    1. Muito legal essa dica! Esses cursos de gestantes são muito legais!

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  7. Tive ess mesma experiência, dps q comecei a usar a rampinha o choro fica só. na hora de lavar a cabeça! rsra

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    1. É verdade... e com o tempo até a hora de lavar a cabeça fica de alegria!

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  8. Vou experimentar usar essa rampinha, poís o Gabriel faz um escândalo toda vez que vai tomar banho, num sei mais o que fazer... Gostei da dica!

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