terça-feira, 17 de julho de 2012

Tudo é mais difícil após os 30.


Tudo se torna mais difícil após os 30. Isso, depois desse final de semana, eu não tenho mais dúvidas. Agora quando se tem mais de 30, dois carrinhos de bebê com os proprietários dentro, uma criança de 3 anos, a ausência de forma física decorrente de vários quilos a mais após o parto e um chão lamacento após uma noite de temporal num hotel fazenda, as coisas se tornam IMPOSSÍVEIS.

Pois é, mesmo tendo essa certeza, 4 adultos (eu, meu marido e um casal amigo com a mesma falta de juízo nossa) decidiram que seria oportuno fazer uma trilha pelo Hotel Fazenda no qual estávamos hospedados nesse feriadão. O resultado, ah, esse é necessário terminar de ler o texto para conhecer...

Domingo de manhã, acordamos meio sem saber o que fazer. Isso porque, viajar com criança após anos de casamento com constantes viagens de férias é bem diferente. Primeiro porque o horário não é decidido por nós, mas por eles (a hora que acordam, que comem, tomam banho, etc.). Isso faz com que aqueles passeios com guia, que eu e meu marido adorávamos fazer em férias remotas (isso mesmo, apesar de Tomaz ter apenas 6 meses esse me parece um tempo remoto), se tornaram coisas do passado.

Entretanto, a vontade de fazer tais passeios não passaram e, por isso, mesmo sem o guia profissional nós nos aventuramos em desbravar a trilha (que não devia ter mais de 1km) do hotel no qual estávamos hospedados. A pior parte disso tudo é que, em função de estarmos sem o “tio” da recreação, que conhece tudo do lugar, decidimos levar os carrinhos de bebê que, nessa ocasião, mais atrapalharam do que ajudaram.

E foi assim que tudo começou: 4 adultos, 3 crianças e dois carrinhos. No começo tudo parecia muito engraçado. Nós ríamos, as crianças ficavam nos olhando e tudo transcorria bem. O caminho escolhido foi a cachoeira do hotel, visto que, em nossa opinião, era algo a ser apresentando as crianças: ao menos a de 3 anos havia de se interessar.

O que nosso planejamento não deu conta, é que se a dificuldade do início já era grande, a do retorno seria ainda pior, pois o caminho era composto por uma subida cheia de lama.

Foi aí que os trinta e tantos anos pesaram, sobretudo, quando somados aos quilos a mais que carrego comigo e a resistência física que não possuo por ter sido sempre avessa as atividades físicas (tudo isso sem esquecer que carregava o pequeno Tom comigo que já está na casa superior aos sete quilos).

Gente, vocês não podem imaginar. O passeio que tinha tudo para ser um sucesso, virou quase uma corrida no trem fantasma daqueles que saímos sem fôlego de tanto medo.

Logo no início Gabi, a única criança do grupo que sabia andar com as próprias pernas foi logo dizendo: “mãe, quero ir no seu colo”! Depois disso tudo piorou... As rodas dos carrinhos dos bebês atolaram no lamaçal, os nossos chinelos (isso mesmo, como se já não bastasse a péssima ideia de fazer uma trilha após noite de chuvas levando os carrinhos dos bebês, decidimos fazê-la usando sandália) ficavam afundando naquilo que parecia uma areia movediça e o destino final parecia cada vez mais distante. Olhávamos para cima e víamos nosso quarto do hotel numa distância aparentemente próxima. Contudo, a dificuldade era tamanha que não conseguíamos chegar nunca.

Foi então que, buscando superar as dificuldades,  decidimos nos arrumar em duplas: eu e Paloma (a mãe de Gabi e Rafael) decidimos empurrar o carrinho de Rafael e Pery (o pai de Tomaz) e Alexandre (o pai de Gabi e Rafael) ficaram com o carrinho de Tomaz.

Mesmo assim, em duplas, não foi uma tarefa fácil, sobretudo se lembrarmos que Paloma ainda carregava em seus braços a pequena Gabi.  Pois bem, depois de muitas risadas, que nos deixavam ainda mais sem força, muito esforço e escorregão, finalmente chegamos ao destino.

Em solo firme, a situação era preta (literalmente), pois nossos pés, pernas, carrinhos e tudo mais que transportávamos estava repleto de lama escura, que, além de feia, tinha um cheirinho nada agradável.

Por isso, o desfecho do passeio se deu num chuveirão, no qual todos se dirigiram para ficar mais ou menos asseados. Enquanto lavava as pernas e pés eu pensava: os mais de 30 anos me deram apenas cansaço, porque o juízo que vem com a idade, esse não virou um patrimônio meu não!  


5 comentários:

  1. Estou rindo só de imaginar isso! hahaha

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  2. E assim, nós mães, vamos aprendendo...

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  3. Ótima história Catarina!!! Ki sufoco, mas certamente bastante educativa, hehehe!!!! Adoro seu blog!!! Bjs

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  4. KKKKK, to rindo até agora, kkkk, imaginando a cena, pq já passei por sufoco parecido, onde o carrinho atrapalhava mais q ajudava, kkkkkk. Beijos.

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