quinta-feira, 19 de julho de 2012

O amor que muda


Hoje estava lendo uma reportagem que apontava de que modo o amor materno ajuda a desenvolver o cérebro da criança. Segundo a matéria “Nutrir uma criança com amor desde o início da vida pode ajudá-la a desenvolver um maior hipocampo, a região do cérebro importante para a aprendizagem, memória e estresse”. Além disso, o estudo prossegue afirmando que “imagens do cérebro revelaram que o amor de uma mãe afeta fisicamente o volume do hipocampo do filho”. Afirmaram, ainda, que “filhos criados com amor tiveram o hipocampo aumentado em 10% em relação às crianças que não foram tratadas com tanto carinho pelas mães”.
Bem, que o amor materno é fundamental para o desenvolvimento infantil isso eu nunca tive dúvidas. Mas ao ler a matéria eu comecei a me questionar se o amor de um filho também não modifica o cérebro de uma mãe. Afirmo isso a partir da minha própria experiência. Não tenho como achar que eu tenho o mesmo funcionamento cerebral de um ano atrás antes da chegada do Tomaz. Tudo parece tão diferente agora que acredito piamente que não tenha sido apenas o meu corpo que mudou (ficou com mais estrias, com mais barriga...), mas minha mente e o funcionamento dela também.
Foi aí que comecei a fuçar a internet e descobri que minha intuição materna estava certa: o cérebro das mães (e dos pais) também é alterado com a chegada de um filho. Segundo cientistas, acontece na “cabeça das mamães”, uma reorganização cerebral. Antes da maternidade a mãe possuia um organismo autocentrado e, a após a chegada do filho, esse organismo se transforma em outro preocupado, especialmente em cuidar do bebê.
Outro dado interessante, diz respeito ao crescimento da matéria cinzenta na região medial do cérebro, nos lobos parietais e no córtex pré-frontal. O que evidencia uma atitude mais cuidadosa e afetuosa das mães com seus bebês.
Já o cérebro dos pais também se modifica com a experiência da paternidade. Através da manutenção do elo com o filho, a memória de longo prazo, assim como a agilidade mental, são favorecidas. Também nota-se uma diminuição do nível de testosterona nas primeiras semanas após o nascimento do filho. O que sugere que o homem fique menos agressivo e mais acolhedor nesse período.
Poisé... Não é apenas o bebê que muda com o amor dos pais, mas os pais também se modificam nessa relação cheia de amor, afeto e cuidado. Entretanto, para que pais e filhos modifiquem suas funções cerebrais é importante que os adultos consigam inserir o bebê nas suas histórias e nas histórias de suas famílias. Apenas o reconhecimento do filho em sua diferença permitirá aos pais construir uma relação saudável e cheia de amor.
Tomaz já está inscrito na minha história mesmo antes de chegar ao mundo. E as mamães o papais que leem esse blog poderiam contar de que forma os seus filhos modificaram suas vidas? Compartilhem aqui em comentários as suas modificações como mãe ou pai, destacando como o amor do seu filho lhe transformou.
É sempre bom ler histórias de amor e, para mim, não há amor maior do que o que é presente na relação pais e filhos.

Quem quiser ler o estudo que eu cito nesse post pode clicar aqui

Um comentário:

  1. Muito lindas as postagens que você faz sobre a vida de mamãe ... De coração daria um livro que eu leria sem duvidas! Parabéns pela família!!!

    ResponderExcluir