quinta-feira, 29 de março de 2012

Amor de mãe

“As mães, em relação a seus filhos, possuem a maioria das virtudes que geralmente nos faltam (e que lhes faltam), ou antes, o amor nelas toma o lugar das virtudes, quase sempre e as liberta – pois essas virtudes só são moralmente necessárias, quase todas, por falta de amor. O que há de mais fiel e mais prudente, de mais corajoso, de mais misericordioso, de mais doce, de mais sincero, de mais simples, de mais puro, de mais compassivo, de mais justo (sim, mais que a própria justiça!) do que esse amor?
Não é sempre assim? Eu sei: também há a loucura das mães, a histeria das mães, a possessividade das mães, sua ambivalência, seu orgulho, sua violência, seu ciúme, sua angústia, sua tristeza, seu narcisismo.... Sim. Mas o amor quase sempre intervém nisso, o amor que não anula o resto, mas que o resto não o anula”
(Comte-Sponville, 1999).

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