quinta-feira, 6 de abril de 2017

A hora certa de buscar ajuda psicológica para o seu filho!


Muitas vezes enfrentamos dificuldades na educação dos filhos e, sozinhas, não conseguimos enfrentá-las. Então, torna-se importante buscar ajuda profissional, garantindo que um desenvolvimento saudável aconteça e que os pais tenham suporte e orientação para garantir isso.
Para nos ajudar com relação ao tema, entrevistei a psicanalista Katherinne Gonzaga, membro da Sociedade Psicanalítica da Paraíba – SPP, mestra e doutoranda em educação, sobre o momento certo de buscar ajuda profissional.
No post de hoje ela nos ajudará a pensar sobre isso e sobre o que devemos observar para sabermos se precisamos de ajuda.

Qual a hora certa de procurar ajuda psicológica?
Acho que podemos dizer que a hora certa de procurar ajuda psicológica para os filhos é quando percebemos que a vida do(a) pequeno(a) está sendo limitada por algum sintoma. Quando a vida social, afetiva, familiar começa a sofrer restrição por algum comportamento apresentado pelo(a) seu(ua) filho(a).

O que devemos observar no filho para saber quando procurar ajuda psicológica?
O que devemos observar exigiria inúmeros exemplos. Considerando as diferenças com relação a cultura familiar, modos de inter-relacionamento social e familiar, podemos observar, por exemplo, comportamentos que fujam muito do esperado para a idade da criança. Mas não só isso, pois, o que às vezes é comum para uma família é angustiante para outra. Neste sentido, não há uma resposta fechada para essa pergunta. Assim, é importante e cuidadoso você procurar ajuda psicológica quando comportamentos que seu(ua) filho(a) apresente lhe causar muita angústia, pois o profissional poderá contribuir com uma avaliação para a necessidade ou não de seu(ua) filho(a) fazer psicoterapia ou até avaliar e indicar um processo para o(s) responsável(is). E, sobretudo, é importante quando ele apresentar um comportamento que você percebe que está interferindo na relações sociais (incluindo aí a família, primeira sociedade com a qual uma criança se depara e da qual faz parte). Mas deixarei aqui alguns exemplos de comportamentos que chamam a atenção se pensarmos em crianças com cerca de 4 – 5 anos: sinais de agressividade para consigo e/ou com os outros, não brincar, não falar, ter ataques de agressividade que “tomem o choro”, uma expressão de ódio excessivo para com um ou outro genitor... bem, a lista seria vasta e como cada caso é um caso, o mais importante é você estar conectado ao(a) seu(ua) filho(a) numa medida que você possa se dar conta que ele está sofrendo com o próprio comportamento que apresenta. Vale lembrar que apresentar esses comportamentos não significa que a criança tenha um grave distúrbio, nada disso... apenas, pode representar um sinal de socorro, um pedido de ajuda!!

A partir de qual idade uma criança pode ter acompanhamento psicológico?

A idade pode ser a partir de bebê! Há profissionais que atendem, por exemplo, o(a) bebê com a mãe (ou com quem a ele(a) se dedique). Eu não diria que há idade certa! A meu ver o que há são necessidades de uma criança que pode receber a contribuição de um profissional (psicanalista ou psicoterapeuta) para passar por um momento, que pode ser circunstancial ou não, de forma menos sofrida. Acho importante ressaltar que as crianças estão em pleno desenvolvimento e, em determinados casos, quanto mais cedo agirmos, melhores são as chances de elas seguirem com o seu desenvolvimento de forma saudável ou mais próxima do saudável.

O que levar em consideração na hora da escolha profissional?

Infelizmente essa é outra questão de difícil solução. Eu costumo dizer que escolher um(a) profissional é extremamente delicado, pois às vezes alguém te indica um(a) profissional porque se “deu super bem com ele(a)” e com você o encontro parece “não dar certo”. E às vezes não dar certo não significa que ele seja bom ou ruim, por exemplo. Então, no meu entendimento é importante buscar indicações de profissionais nessa área com alguém da área em quem você conhece ou confia no trabalho. E, especialmente, profissionais que sejam vinculados a instituições sérias de formação.


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