Não temos como fugir dessa
responsabilidade: as mães têm um papel muito importante no desenvolvimento geral
(psicológico, afetivo, cognitivo e social) de seus filhos. Essa importância se
torna ainda mais vital quando pensada nos primeiros meses de vida de uma
criança, visto que nesse período a mãe é uma peça fundamental para a evolução
saudável da criança.
Uma repostagem publicada
pela revista CRESCER aponta que um estudo realizado com cerca de 80 mães e seus
bebês de um ano de idade, apontou que a interação com a mãe no primeiro ano de
vida ajuda a criança a desenvolver melhor suas funções
cognitivas, como a habilidade de controlar impulsos e de se lembrar de
coisas.
Mais do que isso, os
pesquisadores do referido estudo descobriram que também a maneira com que a mãe
brinca com a criança é importante para o seu crescimento. As habilidades
cognitivas do bebê desenvolvem melhor, por exemplo, quando a mãe atende
prontamente aos pedidos de ajuda de seu bebê (Cuidado! Atender prontamente não
é o mesmo que se tornar refém do filho), conversa sobre os gostos, pensamentos
e memórias de seu filho durante uma brincadeira, ou encoraja que o pequeno
organize boas estratégias para solucionar seus problemas.
Outro estudo vai além e
sugere que a maneira como as mães interagem com os bebês até 1 ano de idade
interfere no comportamento da criança entre 4 e 13 anos. Cientistas da Universidade
de Chicago analisaram 1.800 crianças e avaliaram suas reações em vários tipos
de atividades e os estímulos que recebiam da mãe. O resultado indicou que
aquelas estimuladas no primeiro ano de vida apresentam baixo risco de ter
problemas de comportamento, como bullying, mentiras, desobediência, entre
outros.
E agora, estamos convencidas
da nossa responsabilidade e interagir com nosso filho? Se sim, fico feliz!.
Agora é hora de pensar como temos estabelecido essa relação lúdica com nossos
pequenos, a fim de que esses momentos que já são prazerosos possam ser, também,
espaços privilegiados de desenvolvimento.
Quando falamos de
brincadeira não importa muito o brinquedo usado ou a atividade realizada. O que
é realmente relevante é a forma como o estímulo é ofertado, ou seja, como a
brincadeira (principal estímulo direcionado às crianças) é realizada. Por isso
não esqueça: o bebê precisa estar num ambiente propício para se desenvolver.
Precisa de carinho e segurança que são transmitidos, principalmente, pelos pais.
Por isso, ao invés de propor
uma atividade que você goste e insistir, a todo custo,que o bebê participe,
ofereça ações variadas, sem grandes expectativas, e veja se o pequeno as
aceita. Lembre-se de que o melhor estímulo é a vida e o seu papel como mãe é
dar oportunidade para a criança aproveitá-la.
Para ajudá-la a pensar na
qualidade do ambiente construído, pense nas seguintes questões: Brincamos com
nosso filho? Brincamos de corpo e alma ou apenas para passar o tempo da
criança? Nos empenhamos em fazer desses momentos ricas situações de troca?
Ensinamos aos demais cuidadores de nosso filho (avós, tios, babás, etc.) como
podem brincar com o bebê? Somos afetuosas enquanto brincamos com o bebê?
Pensar sobre essas questões nos
ajudará a criar um ambiente melhor para que as brincadeiras aconteçam e o bebê
possa se desenvolver melhor.
Como sei que a nossa
criatividade de mãe nem sempre alcança a mobilidade de um bebê, segue abaixo
algumas sugestões de brincadeiras que podem ser realizadas com os pequenos,
para deixar o ambiente lúdico ainda mais interessante:.
Dedo Mindinho, Seu
Vizinho...
O recém-nascido tem um reflexo que o faz ficar com as mãos fechadinhas.
Para ajudá-lo a abri-las, brinque com cada dedinho chamando-o pelo nome:
mindinho, seu vizinho, pai de todos, fura-bolo, mata-piolho. Cuidado ao abrir a
mãozinha do bebê, pois, normalmente, ela é muito rígida. Coloque seu polegar na
palma da mão do bebê e, aos poucos, vá abrindo toda a mão.
Chocalhando
Quando a mão do bebê estiver mais
flexível, estimule seu filho a pegar em objetos. Uma boa experiência é
entregar-lhe um pequeno chocalho para ele segurar. Cuidado apenas em entregar
um objeto que seja compatível (tamanho e peso) com a capacidade do bebê. Essa
atividade ajudará o bebê a ter mais facilidade na apreensão.
De olho no rosto
Escolha em revistas fotos grandes com expressões
totalmente diferentes. Mostre-as uma a uma para o bebê. Eles adoram ver rostos,
sabia?
Chapéu
Compre
chapéus variados como bonés, toucas de lã, de bombeiro, de palhaço, de
cozinheiro. Sente-se na frente do seu bebê, coloque o primeiro chapéu e faça
uma cara engraçada. Depois aproxime-se para que ele retire o chapéu. Passe para
outro e repita a brincadeira. Você também poderá colocar o chapéu na cabeça do bebê e mostrar-lhe a imagem com um espelho.
Escuta o Eco
Preste atenção aos sons e expressões que seu bebê faz e
imite, como se fosse um espelho.
Cadê a mamãe?
Cubra o
rostinho dele com uma fralda e logo depois descubra. A brincadeira ajuda a
compreender que as pessoas se afastam mas voltam.
Dois pra lá, dois pra cá
Naquele finalzinho de tarde melancólico, em que ele
invariavelmente abre o berreiro, sempre na mesma hora, como se fosse relógio,
experimente colocar uma música bem gostosa (só não exagere nas batidas e no
volume), segurá-lo nos seus braços e dançar juntinho pela casa.
Vá com calma e comece com movimentos mais suaves,
não se esquecendo de apoiar o pescoço do neném e de não sacudi-lo. Quando seus
braços cansarem, deite o bebê de modo que possa acompanhar você e mantenha os
passos.
Movimentos exagerados e engraçados, como rebolar ou
balançar braços para cima e para baixo, são especialmente cativantes para
crianças pequenas.
Olha que
legal!
A maior parte
das brincadeiras desta fase consiste em mostrar coisas para o seu filho. Vale
qualquer objeto da casa que não corte, queime ou possa ser engolido. Bebês
adoram colheres, espátulas, tampas, embalagens de margarina ou xampu vazias e
lavadas, almofadas aveludadas, caixinhas de presente e paninhos.
Tenha uma
"caixa secreta" de itens interessantes por perto para, de repente,
tirar alguma surpresa de lá como se fosse mágica. Segure o objeto a cerca de 30
centímetros de distância do bebê e encare-o com encantamento para mostrar como
isso funciona para seu filho. "Nossa, olha que incrível como essa caixa
abre e fecha!".
Solte a voz
A sua voz é um susto? Não tem o menor problema, porque
seu filho não sabe disso e tudo que sai da sua boca é música para os ouvidos
dele.
Caso ainda não tenha feito isso, é hora de reaprender
alguns clássicos do repertório infantil, como "Boi, boi, boi, boi da cara
preta…", "Ciranda, cirandinha…", "Como pode um peixe vivo
viver fora…", "A canoa virou…" e "A dona aranha subiu pela
parede…". Se não conseguir se lembrar das letras, faça uma busca na Internet.
Procure fazer vozes diferentes, mudar o tom, cantar
mais baixinho e, de repente, mais alto, incluir o nome do bebê na música.
Acrescente objetos ao número musical, como um fantoche ou até uma meia colocada
em cima da sua mão fechada.
Pode ser que a princípio tudo pareça meio bobo, mas, à
medida que você perceber o quanto seu filho gosta de ouvir você cantar, isso
passa. A verdade é: acostume-se a cantar, porque a música tende a ser parte
essencial da infância e do aprendizado das crianças.
Bem, com tantas brincadeiras
legais, resta agora desejar-lhes diversão nesse final de semana! Boa
brincadeira!
As sugestões de brincadeira foram retiradas do seguinte site: http://brasil.babycenter.com/baby/desenvolvimento/brincadeiras-estimulantes/
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