domingo, 18 de maio de 2014

Lições do Circo

Ontem foi dia de Circo e, como toda primeira vez do Tom fica registrada aqui, esta não poderia ser diferente.
Passamos toda semana planejando, esperando, e curtindo nossa ida ao Spettacolo Florilegio. Mas, para nossa surpresa, enquanto estávamos na organização, descobrimos que o circo tinha ido embora e, junto com ele, nossa possibilidade de vivenciar esta experiência naquele momento.
Foi no espírito de frustração que iniciamos a peleja de nova programação para o sábado e descobrimos que um novo circo estava na cidade: Empyre Circus.
Ao buscarmos informações sobre este espetáculo, identificamos de cara que era bem mais simples, bem menor, mas não menos circo que o escolhido anteriormente e que, assim sendo, haveria de ser a melhor programação para nossa tarde.
Foi pensando dessa forma que nos dirigimos ao lugar marcado, esperando fazer da tarde do Tom uma verdadeira diversão, ao enredo de malabaristas, com trilha sonora marcada por risadas com os palhaços e aplausos da plateia.
 Acontece que quando tudo começou eu fiquei bem mexida. Ao observar a estrutura do Circo e a forma colaborativa como as pessoas atuavam ali eu pensei que o senso de comunidade presente naquelas relações era o que eu mais queria que meu filho pudesse levar daquela tarde. Mais do que qualquer risada ou surpresa.
Isso porque, com poucos recursos, todos naquele espaço desempenhavam muitas funções. A moça que fazia o número como equilibrista vendia churros após sua apresentação; a mágica (o que já me encantou porque são sempre mágicos), vendia pastéis; e assim naquele espaço todos colaboravam fazendo daquilo ali suas vidas e famílias.  
Até mesmo um garotinho, aprendiz de palhaço (na forma mais nobre da profissão), recebia os convidados e cumprimentava um a um na tentativa de nos fazer sentir em casa o que, certamente, conseguiu. 

Mais do que desempenhar vários papéis, todos agiam com naturalidade e simplicidade, encantando a mim, meu marido e ao pequeno Tom. Depois dessa lição, pouco me importava que os movimentos do malabarista não eram “tão perfeitos” assim ou que os malabares, por vezes, iam ao chão.
Eles conseguiam fazer coisas que eu jamais conseguirei e eu os valorizo por isso. Valorizo, ainda mais, por realizarem coisas tão lindas, de uma forma tão especial: sendo simples!

Que essa lição habite meu coração, a fim de que eu possa, na educação do meu pequeno, retomar sempre estes valores vivenciando-os. 

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