Todo
mundo tem medo e isso não é novidade nenhuma. Medo é uma coisa tão geral, que
Adriana Calcanhoto cantou em uma de suas músicas dedicadas às crianças:
Saiba todo mundo teve medo
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar
Mesmo que seja segredo
Nietzsche e Simone de Beauvoir
Fernandinho Beira-Mar
Acontece
que agora o “manifestador” dos medos é o meu filho e, por isso, parei para
pensar no assunto pela primeira vez. Faz uns dias (ou meses) que meu pequeno
tem demonstrado certa insegurança diante de questões não rotineiras (como festa
de aniversário, por exemplo).
Observando
uma expressãozinha de medo em seu rosto eu passei a me preocupar com isso e,
como faço em muitas situações difíceis da minha vida, resolvi ligar para o meu
querido e amado sempre-eterno orientador Fernando Andrade, para ouvir um pouco
dele o que fazer diante disso.
Logo
que comecei a falar que estava achando Tomaz inseguro e tal, ele tratou de me
dizer que isso era normal e que o pequeno Tom ainda estava aprendendo a conhecer
o mundo. Justamente por isso ele ficava inseguro e demonstrar medo era o que de
mais normal ele poderia fazer.
Pois
é... Essa mãe meio louca esquece que o pequeno ainda é um bebê e que nós da
raça humana somos animais muito frágeis. Falo isso porque, diferentemente de
outros mamíferos, que já nascem em posição ereta e num tempo bem curto
conquistam autonomia para buscar alimento e se defender, os bebês dependem dos
adultos por um longo tempo. Assim, desde o início da vida, eles experimentam a
sensação de medo.
É
por esta questão que os adultos precisam acolher os bebês e acalentá-los diante
do medo. É justamente isso que eu estou fazendo. A cada insegurança do pequeno
eu chego junto e mostro para ele que passaremos juntos por qualquer situação.
Sentindo
minha presença constante ao seu lado e minha força nos momentos difíceis, Tomaz
poderá superar suas fragilidades e adquirir a força necessária que precisamos para enfrentar a vida e não apenas o medo.
Pois
é... acho que com essa história comecei a entender porque os filhos acham que
somos super-heróis. Mas como nem sempre estes super-heróis sabem o que fazer
diante das situações com os pequenos, segue abaixo os principais medos das
crianças e o que fazer diante deles. Sabendo o que fazer é muito mais fácil do
super-herói vencer a luta!
PRINCIPAIS
MEDOS POR IDADE
ATÉ 7 MESES
De barulhos inesperados
e luzes fortes.
Para ajudar: Evite expor a criança a qualquer estímulo intenso. Se não for
possível, faça de maneira suave e verifique como ela reage.
DE 7 MESES A 1 ANO E MEIO
De pessoas, ambientes e
objetos novos; de perder os pais, pois acham que pessoas desaparecem quando não
estão ao alcance de seus olhos.
Para ajudar: O pai, a mãe ou o cuidador devem estar presentes quando o bebê
for exposto a situações novas.
DE 1 ANO E MEIO A 3 ANOS
Do escuro, de pessoas
com máscaras ou fantasias, de ficar sozinho.
Para ajudar: Ao encontrar alguém fantasiado, aproxime-se devagar e mostre que
é apenas uma roupa diferente. Se ele não gostar, não force.
DE 3 A 5 ANOS
De monstros, fantasmas,
da escuridão, de animais, chuva, trovão, de se perder.
Para ajudar: Respeite a criança, permitindo que se expresse, e explique que
nada lhe acontecerá de mal. Quanto ao medo de se perder, faça-a decorar o nome
inteiro e o telefone de casa e a ensine a pedir ajuda. Ela se sentirá mais
segura.
A PARTIR DOS 5 ANOS
De ser deixado na
escola, de bandido, de personagens de terror.
Para ajudar: Insegurança melhora com diálogo. Se o medo for de bandido,
reforce, por exemplo, a importância de ficar perto de adultos conhecidos. Para
a criança se sentir segura, diga que alguém sempre estará cuidando dela na escola.
A PARTIR DOS 6 ANOS
Da própria morte e da
dos pais, pois já a entende como algo irreversível; de ser criticado.
Para ajudar: Se houver perguntas sobre morte, não invente histórias absurdas,
diga a verdade de forma delicada. E quanto às críticas: explique que elas nos
ajudam a melhorar.
Informações retiradas do site da revistaCrescer
Simplesmente perfeito!
ResponderExcluirGabi está com 3 anos e meio e toda noite que chove já sei que na madrugada teremos essa princesa linda correndo para nossa cama! E como não deixar, né? Rafael já demonstra a ansiedade ou medo quando saio de casa... Chora tanto que parece que nunca mais estarei ali! Dá vontade de chorar também... mas tenho que me segurar.. senão... não passo a segurança e a certeza de que vou voltar! Adorei o post! Xero!