domingo, 4 de junho de 2017

Ajudando seu filho a se alfabetizar

                                             


Aqui em casa estamos em processo de alfabetização. O Tom começou, pouco a pouco, a compreender a relação entre sons e letras, e a compreender particularidades do sistema de Escrita Alfabética.
Meu esforço, como mãe e professora, não é de fazer o papel da escola, já que isso não me cabe, mas de criar um ambiente em casa que favoreça as conquistas do meu filho e contribua com seu desenvolvimento.
Para isso eu sigo algumas dicas que toda mãe pode fazer em casa e, com isso, vou estimulando sem cobrar de meu pequeno mais do que ele pode me dar. Não podemos esquecer que a infância não é uma corrida contra o tempo e que não é necessário que a criança leia e escreva rapidamente. A leitura e sua aquisição não é uma corrida na qual quem chega na frente vence. É preciso que este processo seja respeitoso a fim de que os pequenos estabeleçam uma relação prazerosa com a leitura.
Pensando nisso, eu faço:

1-     Reconheço que o mundo é letrado e exploro isso com meu Tom. Mostro para ele as placas, os nomes que estão escritos nos lugares. Exploro palavras que possuem escrita igual e/ou diferente. E faço isso com qualquer palavra, não apenas aquelas que julgo simples ou acho que ele consegue. Não acredito que a criança aprende a ler porque as palavras são simples, mas, sim, porque as palavras fazem sentido para ela. Para explorar o letramento tudo é válido: pacotes de bolacha, placas, outdoors, letreiro de loja, etc.
2-     Brinco muito com ele usando jogos pedagógicos. Faço brincadeiras com letras móveis que Tom chama de letras mágicas. 


     Também fazemos bingo de palavras, fazemos jogos de rima (essa fazemos muito no carro indo para escola). Vamos falar palavras que rimam com irmão: macarrão, feijão, manjericão... e também brincamos de palavras que começam iguais: bolo, bola, bolacha, boboca... Gosto muito deste da imagem a seguir. 
                                        Resultado de imagem para bingo de letras

3-       O ajudo nas tarefas de casa. Faço perguntas que vão além do enunciado, promovo reflexões sobre a língua, a partir de questões como: o que há de igual nestas palavras? O que há de diferente?


4-     Leio muito para ele. Leio, sobretudo, livros que brincam com a sonoridade das palavras. Como jogamos muito com os sons das palavras, ele ama quando percebe isso nos livros. Uns que ele adora são os  da Sylvia Orthof: Não confunda, Assim Assado e Você Troca?


5-     Recito muitos poemas e o ajudo a recitá-los também. A sonoridade das poesias ajuda muito no desenvolvimento da consciência fonológica. Há um tempo atrás, enquanto estudava a cidade do Recife, ele me perguntou: 
                                               - Mamãe, qual o bairro da minha avó? 
        Ao escutar eu dizer que o bairro era espinheiro ele me saiu com essa: É parecido com a escola de Bernardo: Maciel Pinheiro. 
6-     Tenho sempre no carro os CDs da Bia Bedran e coloco as histórias para ele ouvir. Como, quase sempre, as histórias dela trazem canções, eu brinco de trocar palavras da música por outras parecidas. As vezes ele troca por umas que parecem no começo e, as vezes, quando parece no final.
7-     E por fim, eu tento encantá-lo com o mundo das letras para que, maravilhado, ele queira dominá-lo.  


Termino com uma frase de Rubem Alves sobre o tema e que tem servido para que eu tome cuidado nesse processo de alfabetização de meu pequeno: O prazer da leitura é o pressuposto de tudo mais. Quem gosta de ler tem nas mãos as chaves do mundo. 



Um comentário:

  1. Dicas excelentes! Aqui em casa também estamos vivenciando está fase. Algumas dessas brincadeiras já fazemos, mas outras não. Ótimas idéias você me deu. Beijos

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