O terceiro aniversário do
meu pequeno Tomaz se aproxima e, como sempre, me motivo a escrever um post que
ilustre este momento tão especial. Ao parar e refletir sobre o que escreveria,
nenhum outro tema me veio tanto a mente como este louco e avassalador amor que
sinto por ele e que cada dia, ao invés de eu me acostumar, me surpreendo com o
que ele faz comigo e com a pessoa em que me transforma.
É por isso que mesmo
correndo o risco de ser repetitiva decidi que o post de hoje seria sobre isso
que sinto e que me move... O AMOR DE MÃE. Sei que muitos falam sobre ele, mas a
minha vontade é de falar sobre como esse amor foi transformador em minha vida (e
continua sendo).
Para isso, me inspirei no
que cantou o Lulu (certamente ele fez esta música para as mães, pois nenhum
outro pode ser maior e mais reenergizante) MAS O TEU
AMOR ME CURA...
Digo isso retomando um texto
do Comte-Sponville que já foi publicado aqui neste blog. Para o filósofo,
“As mães, em relação a seus filhos, possuem a
maioria das virtudes que geralmente nos faltam (e que lhes faltam), ou antes, o
amor nelas toma o lugar das virtudes, quase sempre e as liberta – pois essas
virtudes só são moralmente necessárias, quase todas, por falta de amor. O que
há de mais fiel e mais prudente, de mais corajoso, de mais misericordioso, de
mais doce, de mais sincero, de mais simples, de mais puro, de mais compassivo,
de mais justo (sim, mais que a própria justiça!) do que esse amor? Não é sempre
assim? Eu sei: também há a loucura das mães, a histeria das mães, a
possessividade das mães, sua ambivalência, seu orgulho, sua violência, seu
ciúme, sua angústia, sua tristeza, seu narcisismo.... Sim. Mas o amor quase
sempre intervém nisso, o amor que não anula o resto, mas que o resto não o
anula”
E foi por isso que eu
tenho certeza que foi o Tom quem me curou de uma loucura qualquer. Qualquer
possibilidade de que eu pudesse cometer a loucura do egoísmo, da mesquinharia
ou qualquer outra coisa que lembre o individualismo foi embora após sua
chegada. O Tom me curou de ser centrada apenas em mim mesma, me curou de não
colocar o outro acima de mim. Há algo mais libertador do que conseguir sair de
si e olhar o outro?
Com ele aprendi a ser
grata, a ser feliz com um olhar, com uma palavra. Aprendi, também, a admirar a
canção (principalmente quando sai de sua boquinha), a educar os ouvidos para a
simplicidade, a valorizar o amor e a nossa relação acima de qualquer outra
coisa.
Não é sempre assim? Eu sei: também há o cansaço da
mãe, minha insegurança, minha histeria, minha possessividade, meus medos, minha
impaciência, minha tristeza, minha angústia. Mas como disse Sponville: o amor
quase sempre intervém nisso, o amor que não anula o resto, mas que o resto não
o anula.
E é por isso que esse amor magalomaníaco me curou de
viver para mim(apenas), permitindo que, no pior dos defeitos ou da falta de
virtude, eu pudesse recorrer ao que sinto pelo meu filho e, por isso, buscasse
ser uma pessoa melhor não apenas para Tomaz, mas para mim mesma.
Que amor libertador! Ao mesmo tempo que me aprisiona
em algo maior que eu, me liberta para fora de mim. E pra terminar, ainda
fazendo referência ao Lulu, SE ISSO FOR ALGUM DEFEITO, POR MIM TUDO BEM!
Sei que amor é esse.A minha Kyara revelou-me todos esses mistérios.Terão muito mais para viver e descobrir.Amo ser mãe.
ResponderExcluirLindoooo
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