História 1
Estes
dias ri muito com o Tomaz (Não achem estranho... Vocês entenderão logo mais
porque não escrevi com o Tom).
Tudo
começou quando ele chegou na minha cama, logo cedo, e eu lhe perguntei:
-
Tom, você quer leite?
Prontamente
e com uma cara nada feliz ele me disse:
-
Meu nome não é Tom! Meu nome é Tomaz! Tomaz Carneiro Gonçalves de Lemos. Não é
para me chamar de Tom... É Tomaz!
Meio
que atônita, eu lhe disse:
-
Por que, meu filho? Você não gosta de Tom?
Neste
momento ele se resumiu a dizer:
-
Meu nome é Tomaz! – esclarecendo que era a forma como eu deveria chamá-lo.
Mesmo
que com o coração partido eu disse-lhe:
Tudo
bem, meu filho. Sendo assim, vou lhe chamar de Tomaz, certo?
Então
ele tratou de completar, meio como se quisesse garantir que eu tinha entendido,
que ele era Tomaz Carneiro Gonçalves de Lemos. Foi então que eu fui explicá-lo que ele era Carneiro Gonçalves igual à mãe e Lemos igual ao pai. Foi aí que
a parte mais engraçada da história aconteceu:
Você
não é Carneiro. Carneiro somos só nós dois (apontando com o dedinho para ele e
para o pai)!
Sem
entender a confusão eu tratei de insistir de que eu era Carneiro sim e que o
pai era Lemos. Nesta hora, cheio de certeza, ele disparou:
-
Você não é Carneiro, você é Cabra!
Morrendo
de rir só me restou concordar com ele... Vai ver que ele está certo, eu sou
Cabra mesmo!
História
2
Sexta-feira
minha irmã e meu sobrinho amado chegaram da Inglaterra e toda família correu
para buscá-los no aeroporto à noite. Quando voltávamos para casa Tomaz queria
que André, o namorado de Luiza, viesse no nosso carro e ficou chamando: Dedé,
Dedé, Dedé...
Entendendo
seu desejo eu orientei a ele:
-
Diga assim, meu filho: vem conosco, Dedé!
Prontamente
ele repetiu:
-
Vem conosco (com o dedinho virado para ele) e conosca (com o dedinho virado
para mim).
Bem,
acho que meu Tomaz não terá nenhuma dificuldade em chamar a Dilma de
presidenta, como resistem muitos adeptos dessa gramática formal/tradicional/arcaica.
Com 2 anos e 10 meses ele já demonstrou que entende tudo de gênero, identificando que a nossa gramática é arbitrariamente machista e que a lógica dele é a da equidade.
Eu morro de amores por Tomaz e pela mãe e pelo pai dele que sabem educá-lo com todo cuidado do mundo para que ele cresça garota esperto e seja referência para os coleguinhas.
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