Neste São João o Tom estava
mais falante de que nunca. Talvez por
isso ele tenha se esmerado em ampliar o repertório das suas lindas palavras e
frases que eu não quero esquecer.
Assim, trato logo de
eternizá-las aqui, a fim de que eu não fique refém da minha humilde memória,
que, por sinal, tem me deixado na mão muitas vezes nos últimos tempos de mãe,
trabalhadora, estudante e outras coisitas mais.
A narrativa de hoje foi logo
pela manhã, quando ele entrava e saia de uma casinha que está localizada no
parque do condomínio de seus primos em Gravatá. A cada entrada e saída ele
emitia esta frase:
- Eu entrou, eu saiu... Eu
conseguiu!
Ao invés de achar engraçado
ou corrigi-lo, fiquei eufórica e meu coração se encheu de alegria ao ouvir esta
fala do meu pequeno, porque, neste momento, tive certeza e que ele deixava o
lugar de interpretado (típico das crianças em fase inicial de fala, na qual os
pais – e eu me incluo – buscam significar tudo o que é dito pelo filho) assumindo
o papel de intérprete de sua língua materna.
Do ponto de vista do
desenvolvimento isto é uma conquista entanto. Tomaz buscava narrar suas conquistas de tal
modo que reproduzia a fala dos adultos (vejam que se fosse eu narrando diria:
Tomaz entrou, Tomaz saiu, Tomaz conseguiu).
Se acreditamos no que nos
disse Vygotsky sobre o papel da imitação para aprendizagem, poderia dizer que
esta narrativa do meu pequeno apresenta um progresso enorme em seu
desenvolvimento linguístico, porque entende que há uma forma própria de se
comunicar e que a maneira correta é a fala do outro.
Não tenho dúvidase, justo
por acreditar nisso, posso afirmar:
_ Tomaz entrou, Tomaz saiu e
conseguiu não apenas evoluir em sua compreensão acerca da comunicação, mas
encher de orgulho essa mãe professora.
Um viva para esta conquista
do Tom!
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